Esse governo é manipulador e usa de suas ferramentas para fomentar o ódio e denegrir a imagem das Forças Armadas e colocar o povo contra uma instituição amada e que sempre consta como a mais confiável.
Frustração na Comissão da Verdade
Procurador aposentado Flávio Régis pediu ao colegiado, sem sucesso, que a morte do seu pai no atentado ao aeroporto, em 1966, fosse investigada
Publicado em 14/02/2014, às 05h17
Flávio Régio (E) relembrou a morte do seu pai e disse ter saído frustrado da comissão
Clemilson Campos/JC Imagem
“Lamentavelmente, saio frustrado”, desabafou nessa quinta-feira o
procurador aposentado do Estado Flávio Régis, ao deixar reunião da
Comissão Estadual da Verdade Dom Hélder Câmara. Após 48 anos da morte do
seu pai, o jornalista Edson Régis, no fatídico atentado no Aeroporto
dos Guararapes, em 25 de julho de 1966, Flávio prestou um depoimento
público ao colegiado. A despeito do apelo para que o caso seja alvo de
investigação, a comissão fez saber que a lei que a criou só prevê a
apuração de crimes contra os direitos humanos cometidos por agendes de
estado.
“Estava na aula no Americano Batista quando me falaram que meu pai
tinha sofrido um acidente. Depois fomos ao hospital da Aeronáutica, onde
vi o corpo dilacerado do meu pai. Essa é uma cena que até hoje não me
sai da cabeça. Um trauma que ainda marca a família”, lembrou.
O caso voltou ao foco em dezembro de 2013, com a revelação de um
documento secreto do regime militar que aponta como autor da explosão o
militante Raimundo Gonçalves de Figueiredo. O achado serviu para tirar o
peso da acusação sobre o ex-deputado Ricardo Zarattini e o engenheiro,
já falecido, Edinaldo Miranda, torturados e presos pelo regime. Além de
Edson Régis, que era secretário de Estado, a bomba vitimou o
vice-almirante reformado Nelson Gomes, deixando ainda 14 feridos.
Flávio Régis citou reportagem do JC, em 1995, que
aponta evidências de que a ação foi orquestrada por facções de esquerda.
A apuração levou aos nomes de Raimundo, Paulo Guimarães, Felícia
Frazão, Haroldo Lima, Alípio de Freitas, Zenóbio Vasconcelos – somente
os três últimos estão vivos.
Régis pediu à comissão para convocar a depor os envolvidos. O
colegiado manifestou que não tem esse poder, pois não se tratou de um
crime cometido pelo regime militar. “Eu conheço as limitações, mas, com
isso, ela só chegará a uma meia verdade”, criticou Régis.
Volante CBPE
Fevereiro 2014
"Estamos Vivos!"